terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Estado das Guaritas no RS

Reportagem da ZH sobre o lamentável estado de precariedade das guaritas de salva-vidas no nosso Estado.

Teste ZH: estado das guaritas de salva-vidas do Litoral Norte é precário

Do total de 224 guaritas do Litoral, pelo menos 15 ainda passam por reformas ou estão em situação precária


Apesar de a temporada de praia ter começado neste final de semana, parte das guaritas do litoral norte gaúcho, tradicionais referências para os banhistas e pontos de monitoramento essenciais para os salva-vidas, ainda encontra-se avariada ou em obras.

Ao percorrer a faixa de areia entre Torres e o Balneário Pinhal, no sábado e no domingo, Zero Hora constatou as dificuldades dos salva-vidas para trabalhar e como esses obstáculos podem colocar em risco a vida dos veranistas. Em 130 quilômetros de orla, a maior parte das guaritas pode ser usadas sem problemas, mas deixar uma só estrutura sem conserto pode ser fatal. Do total de 224 guaritas do Litoral, pelo menos 15 ainda passam por reformas ou estão em situação precária.

Um exemplo é a guarita 58, em Capão Novo. O local foi palco de uma tragédia no verão passado, quando duas irmãs morreram tragadas pelo mar. No dia do acidente com Bruna e Inajara Kaiser Pereira, a unidade estava vazia, o que causou polêmica entre a Brigada Militar e a prefeitura de Capão da Canoa.

A corporação reclamou que a estrutura não tinha condições de uso e, por isso, não era utilizada. As autoridades do município, por sua vez, afirmavam que a unidade poderia ser usada. Passado quase um ano dos afogamentos, o local está, agora, guarnecido, mas a 58 continua sem parte da cobertura, expondo os soldados Paulo Henrique e Gerson Brasil à intempérie.

— A gente tenta dar um jeito para se proteger, mas é complicado — lamenta Brasil.

Perto dali, na praia de Santa Rita, no município de Terra de Areia, foi encontrada a situação mais preocupante. A guarita 48 se transformou em um esqueleto. Sem qualquer manutenção, sobraram apenas as vigas e a base de madeira. Os salva-vidas José Antônio Zaltron e Flávio Gonçalves precisam ficar em pé, já que o banco é usado como proteção contra o sol, que torrou as costas dos soldados no sábado.

— Tenho 15 anos de Operação Golfinho, e essa é a pior em que já trabalhei. Mas não podemos deixar a vida das pessoas em risco — afirmou Gonçalves.

BM garante salva-vidas até nas guaritas deficientes

Mesmo com parte das guaritas ainda em condições precárias, a Brigada Militar garante que os salva-vidas vão cobrir todas as áreas de banho. Para o comandante da Operação Golfinho, coronel Altemir Ferreira, a vida dos banhistas deve ser prioridade. Na temporada passada, foram 13 mortes e mais de 2 mil salvamentos.

— Nosso mar é muito perigoso. Os nossos salva-vidas estarão onde devem, independentemente da situação das guaritas — ressaltou.

O oficial espera que as prefeituras terminem as reformas antes dos feriados de fim de ano, quando o efetivo à beira-mar deverá estar completo, com 700 salva-vidas.

Na praia de Santa Rita, em Terra de Areia, a prefeitura prometeu iniciar os trabalhos hoje.

— Tivemos um evento, e o pessoal não pode ir para a praia. Até o fim da semana, estará tudo pronto — assegurou o vice-prefeito Sérgio Morsolin.












Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3148147.xml


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