quinta-feira, 18 de junho de 2009

JAMAIS SURFE SEM ELAS !!!

Enquanto não conseguimos resolver de forma definitiva o problema das redes de pesca ilegais no litoral do RS, temos que nos preparar e proteger ainda mais para o surf, vamos sempre adotar as boas práticas das medidas de segurança, JAMAIS SURFE SEM ELAS!

Adotar medidas preventivas de segurança trará mais proteção e poderá em alguns casos salvar nossas vidas.
No litoral conturbado em que surfamos talvez a maior dica de segurança seja a INFORMAÇÂO.

Estas medidas de segurança são uma compilação de tudo que já foi dito por aí (material do Neko, Capitão Canto do Corpo de Bombeiros do RS, Orlando Carvalho, Xandão/ondasdosul e outros), mas sempre é bom relembrar, e, sintam-se a vontade em complementar o que acharem necessário, ok?



1. SURFE APENAS EM ÁREAS SEGURAS.

A batalha é grande para tenhamos áreas com 3.000m contínuos para a prática do surf, isso visa acabar com as “áreas fatiadas” que são verdadeiras armadilhas para os surfistas em um mar de corrente lateral forte como é mar no nosso Estado.
Hoje talvez esta dica seja quase utópica, mas vamos lá, no momento só são consideradas áreas seguras:

· Xangri-lá: área da Rua Rio Jacuí até a divisa com o município de Capão da Canoa.
· Capão da Canoa: área da divisa de Xangri-lá até a Av. Ubatuba.
· Torres: da Praia de Itapeva a Praia dos Molhes, nelas é proibida a pesca com rede. Ou seja, as praias Itapeva, Guarita, Cal, Prainha, Grande e Molhes são áreas seguras para banho e surfe.

** Atenção: Estas áreas são classificadas como SEGURAS no conceito de extensão, atendendo aos 3.000m contínuos conforme recomenda a CECO/UFRGS (baseado no trabalho de autoria de Ingo Salvador Kuerten - Conflitos de Uso e Ocupação na Praia de Cidreira, Litoral Norte RS: Caso Pesca e Surf), não significando, porém, que estão livres de redes ilegais de pesca.


2. CONHEÇA O MAR.

Entenda, informe-se, estude o ambiente onde você pratica seu esporte, procure saber principalmente sobre a direção e a força da corrente que esta ocorrendo no período em vai entrar no mar.
Se você não tem conhecimento suficiente sobre o pico que vai surfar, converse com os surfistas mais experientes, informe-se antes de cair. Em caso de correnteza muito forte ou mar de ressaca, evite entrar no mar, não vale o risco, outros dias melhores de surfe vão pintar.
As ressacas do mar podem arrebentar as redes deixando “poitas” perdidas e redes à deriva. Portanto, mesmo dentro dos limites estipulados para a prática do surf, tome cuidado.


3. FAÇA UM RECONHECIMENTO DA ÁREA DE SURF.

Antes de entrar no mar, caminhe por toda a extensão destinada a área de surf, identifique os riscos.
Observe se não há redes irregulares no trecho, perceptíveis pela presença de cordas amarradas a estacas fixadas na areia.
Caminhe na beira da orla no sentido inverso da corrente marítima e verifique se há redes no trecho. Cordas e estacas ou pandorgas são indícios de perigo.
Da praia podemos apenas ver o calão e ter uma pequena idéia de onde se encontra o cabo, que pode ser muito comprido. Nunca corte um cabo de rede, pois estará aumentando o problema, já que uma rede a deriva não é possível de ser localizada.
Ao encontrar uma rede ou cabo em local reservado ao surf, não entre no mar. Acione imediatamente os Bombeiros/Brigada Militar (190 e PATRAM da região) e solicite a apreensão imediata do equipamento.

Encaminhe denúncia também aqui pro SURF SEGURO RS, FGS, CLUBESURF, ONDASDOSUL.


4. EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA SEMPRE REVISADO.

No Surf o material mais importante de segurança é o leash (cordinha).
O leash deve ser trocado pelo menos uma vez por ano.
Lembre-se, de nada adianta usar a prancha como bóia se você perdê-la em pleno outside.
Mantenha sempre a prancha em bom estado, sem batidas ou rachaduras.


5. ALONGAMENTO E BOA ALIMENTAÇÃO.

As dicas de boa alimentação, alongar e aquecer antes de entrar no mar continua valendo e muito.
As baixas temperaturas enfrentadas no inverno do sul do Brasil e a remada forte necessária reforçam a necessidade da realização do aquecimento (todo o processo físico para se dar elasticidade aos músculos, ativar a circulação sanguínea num ritmo próximo ao esforço, acelerar paulatinamente a respiração e colocar o corpo em condições de realizar o trabalho, reduzindo o risco de lesões nos músculos e articulações), com objetivo de prevenir uma série de lesões, como por exemplo, o espasmo muscular localizado involuntário, chamado câimbra.


6. PROCURE NÃO SURFAR SOZINHO.

Surfe em grupos, o mais longe possível das áreas de pesca ou de redes irregulares.
Procure nunca entre no mar sozinho.


7. CALMA EM MOMENTOS DE RISCO.

Essa palavra resume as chances de você se salvar no mar: CALMA.
Ao se deparar com um cabo, solte o leash preso ao tornozelo. Assim o cabo passará entre a prancha e o surfista.
Desconecte o leash antes de ser derrubado da prancha pelo cabo. As ondas, a oscilação do cabo de pesca e o nervosismo dificultam a retirada do leash depois que surfista está submerso.
Treine retirar o strep da cordinha com ela esticada, pois esse pode ser um procedimento básico prá se livrar da rede.
NUNCA abandone sua prancha, ela é sua bóia.
Se ficar preso em uma rede ou cabo, procure manter a calma, desprenda a cordinha o mais rápido possível e peça ajuda ao surfista que estiver mais próximo, em seguida comece a nadar em direção a praia, porém em um ritmo contínuo sem se afobar.
Se você tentar chegar rápido na beira, com certeza você vai perder o fôlego, o que pode gerar o afogamento.
Por isso nade de maneira leve e contínua e aproveitando sempre a força da onda para levar a beira.


8. ENTENDA O FUNCIONAMENTO DAS REDES.

No litoral do RS as redes de pesca utilizadas normalmente são as chamadas "FEITICEIRAS". Também chamadas de redes de 3 panos, pois são três redes numa só, pois cada 'pano' é uma rede.

O funcionamento deste tipo de rede é o seguinte:

· Por fora há 2 redes com malhas grandes (entenda-se como malha o tamanho do diâmetro do buraco na rede). Normalmente tem mais de um palmo de diâmetro , suficiente para enfiar uma perna;
· Por dentro, no pano interno há uma rede com malha menor, normalmente malha 3 (diâmetro aproximado de três dedos juntos na largura);
· Sendo redes unidas, o peixe, não importa o tamanho (inclusive o homem) vem nadando enfia-se na rede e prende-se... À medida que o peixe (ou o ser humano, aqui no RS) se debate para se livrar da rede, mais se enreda nela. O náilon deste tipo de rede é muito resistente, chega-se a pescar cações de mais de 100 kg em redes feiticeiras.

O sistema de pesca:

· As redes são presas na beira-mar com cordas e cabos que podem ser visualizados na praia, algumas chegam a ser amarradas na casinha dos salva-vidas;
· As cordas entram mar adentro e prendem a rede;
· Na extremidade, dentro do mar, há uma 'poita' (haste de ferro com roldanas fixadas mar adentro), ou ainda, uma ancora com uma roldana;
· Por isso, uma simples caminhada pode salvar a sua vida e a dos seus amigos, pois sempre haverá uma corda ou cabo na beira-mar prendendo a rede! Verifique ANTES de surfar.
· A roldana ou âncora serve para puxar e levar de volta a rede para o mar. Assim, as redes normalmente estão quase sempre no mesmo local, pois elas precisam de um calão ou âncora para prender a rede;
· Como as redes normalmente são fixas, podemos verificar onde elas estão. Informe-se, caminhe a beira-mar, tome pontos de referência na beira-mar, entenda que com corrente, a rede vai estar deslocada na direção da corrente em relação a sua amarração na beira da praia.


Segue glossário, ilustrações e fotos sobre o sistema de rede/pesca normalmente utilizado aqui no nosso litoral:

· Poita: Tipo de âncora feita de peças de suspensão de caminhões (molas e ponta de eixo) que serve para prender a rede no mar. A poita é colocada mais ou menos no inside, em dias de mar calmo por um bom nadador e uma bóia feita, normalmente, de câmera de trator.
· Calão: Estaca feita de madeira ou ferro, cravada na área da praia para prender o cabo a praia.
· Cabo: Geralmente feito de pedaços de cordas usadas nos navios, estende-se da praia (calão) até a Poita e é onde é presa a rede.
· Sirilho: Uma espécie de roldana de madeira que serve para puxar o cabo com a rede.
· Redes de Passeio: comum no litoral gaúcho em dias de corrente de sul e ventos de sudoeste ou sul fortes. Neste tipo de rede não são utilizados poita nem calão, pois o pescador encarrega-se de segurar a ponta da rede a praia e acompanha caminhando pela areia a rede que é carregada pela a corrente durante um longo trecho, que pode atingir até 1000m de distância. Esta rede é puxada para dentro do mar por uma pandorga (pipa).
· Rede Feiticeira: tipo de rede de três panos (com malhas de diâmetros diferentes) muito utilizada no RS.
· Postes: as redes podem ser amarradas a postes e até nas casinhas dos salva-vidas na beira da praia.

sistema de pesca:





rede feiticeira:






sirilho:











cabo da rede presa em poste:











calão:











cabo:













cabo:









poita ou ancora:









Fotos: site ondasdosul, site surfsauros, Renatito (OceanoPensante).

sábado, 13 de junho de 2009

Denúncia de Redes Ilegais - Nova Tramandaí

19/06/2009: (Editado ao final - Denúncia também na Praia de Araçá/Capão da Canoa.)

Recebemos a denúncia de redes ilegais de pesca em área de surf em Nova Tramandaí.

Desde ontem estou em Nova Tramandaí, aproveitei para dar uma caminhada na área de surf "demarcada" a cerca de uns 3 anos com muita briga e até mesmo um BO na delegacia de Tramandaí, pois bem, as conclusões os leitores poderão tirar agora.

Seguem fotos dos flagrantes de ontem e hoje na área de surf de Nova Tramandaí que se estende da guarita 160 até a guarita 164, estes flagrantes foram feitos mais precisamente entre as guaritas 160 e 162.

Abaixo seguem as fotos e o comentário de cada uma delas:











Foto 0002
Inicio ou termino da área de surf que vai da guarita 160 até 164, repare os surfistas na água.
















Foto 0006
Reparem na corda de rede amarrada no pilar da guarita e também no surfista saindo da água.







Foto 0007
Mais uma foto das cordas amarradas na guarita.








Foto 0008 e 0009
Bóia e rede em área de surf






Foto 0021
Poste marcando área de surf e guarita 162










Fotos dos pescadores e do veiculo.


Na foto da caminhonete com placas de Canoas repare nas caixas de isopor para condicionar os pescados, esse carro vindo da grande Porto Alegre, certamente não pertence aos pescadores profissionais que utilizam a pesca como subsistência.

É exatamente este tipo de gente que referimos no post anteiror, não são pescadores, são assassinos, com seus atos estão pondo em risco a vida de outras pessoas, surfsitas estavam praticando seu esporte nas imediações sem saber do grave risco de vida que corriam.

É contra este tipo de gente, (gente???) que lutamos, é contra este tipo de atos que nos manifestamos, não queremos mais mortes, queremos o fim da impunidade, queremos que estes criminosos sejam tratados como eles merecem e que a lei seja cumprida.

Basta de inocentes morrendo nos mares do nosso Estado, esta barbárie tem que acabar !!!


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EDITADO:

19/06/2009 - Denúncia também na Praia de Araçá/Capão da Canoa.

Veja a cobertura completa no site ClubeSurf.













Foto: Marcelo.

terça-feira, 9 de junho de 2009

E a semente começa a germinar ...

1. Representatividade:

Ontem à noite na Audiência Pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, no Plenário João Neves da Fontoura, na Assembléia Legislativa, pela primeira vez nos últimos anos, os surfistas tiveram uma grande representação.


Todas as outras reuniões sempre tiveram como norma, a presença minguada de surfistas, mas desta vez a galera se mobilizou e compareceu em grande número, demonstrando a união, a conscientização e o interesse em buscar a harmonia entre surfistas e pescadores.

A audiência presidida pelo Deputado Mano Changes, foi solicitada pelo Deputado Sandro Boka, representante da Frente Parlamentar, que juntamente com lideranças do Surf, Orlando Carvalho, Virgílio Matos e tantos outros vêm travando uma incansável luta pelo fim das mortes em redes de pesca.

Todos os segmentos envolvidos foram representados: Federação Gaúcha de Surf, Centro de Estudos Geológicos e Costeiros da UFRGS, Associação dos Pescadores de Cidreira, Associação dos Pescadores de Capão da Canoa, Brigada Militar, Ministério Público, Governo do Estado, entre outras entidades presentes, bem como pescadores, surfistas, simpatizantes e familiares de vítimas de redes de pesca.

Os ânimos começaram exaltados em ambas as partes, mas com a condução serena do Deputado Mano Changes e a conscientização de todos que a busca de uma solução se impõe sobre qualquer outra questão, os ânimos serenaram e os trabalhos puderam seguir seu curso com normalidade.


2. Aspectos Objetivos:

* A legislação atual esta equivocada, as áreas de surf e pesca da forma como foram demarcadas, acabaram por “fatiar” nosso litoral, isso resulta, por exemplo, em áreas de surf de 700m, ladeada por área de pesca de pequena extensão e novamente uma área de surf. Verdadeiras “armadilhas” que acabam em vez de proteger, vitimando as pessoas.











* Com isso, se busca uma reformulação nestas áreas, baseado em estudos científicos da CECO/UFRGS, que levou em conta aspectos como velocidade das correntes, marés, aspectos climáticos, dinâmica costeira do litoral norte, etc....estima-se que uma área de para ser considerada SEGURA para a prática de surf no nosso litoral não pode ter menos de 3.000m contínuos para sua prática.

* As novas demarcações com “áreas contínuas” de 3.000m para a prática do surf busca realocar as áreas e não diminuir a área de pesca. Esta nova alocação deverá ser alvo de discussão e negociação com as Entidades e os Municípios.

* Estabelecidas estas novas áreas, deverá ser providenciada uma sinalização adequada, pois hoje é impossível visualizar de dentro do mar as placas (quando existem e não estão destruídas) de sinalização. Totens, bóias e até mesmo pintura das casas dos salva-vidas com cores emblemáticas estão sendo estudadas.

* Fiscalização com efetividade pela Brigada Militar, telefone para Disk Denúncia e o fim da impunidade são outras questões importantes que o projeto traz.
Estes são os principais tópicos do Projeto Praia Segura, Surfe Legal e que ontem foi discutido na Audiência Pública.


3. Outros Aspectos:

Todos nós sabemos que a Harmonia deve ser buscada com equilíbrio e bom senso, ainda mais quando o valor que estamos tratando é o maior possível: A Vida Humana.

Vejo com absoluta tristeza quando os ânimos se exaltam, muito embora compreenda que o lado emocional das pessoas envolvidas seja afetado, pois cada parte defende um ponto de vista subsidiado e envolvido na condição de sobrevivência, seja econômica ou da própria vida, literalmente.

Temos por obrigação, uma vez que somos seres civilizados e vivemos em uma sociedade que assim se autodenomina, em conduzir nossos atos dentro da retidão que nossas consciências impõem, e, na condução desta questão tão grave e sensível, não podemos nos afastar jamais do cerne de tudo que é a proteção a vida humana.








Foto: Thiago Aita


Como sabiamente foi dito no documentário Caiu na Rede é Gente, “ Esta história não tem um só lado, esta história não tem alguém que ganhe ...” não podemos cair no erro de rotular mocinhos e bandidos, (pescadores não são bandidos e surfistas não são “filhinhos de papai" e marginais, embora haja em ambos os grupos alguns elementos que se enquadram nestas definições, mas são uma minoria) sob pena de jamais conseguirmos a tão propalada harmonia.

Há que se entender que nossa luta, a luta dos surfistas, é por áreas seguras, demarcadas, fiscalizadas e respeitadas para a prática de esportes, tão somente isso.

Travamos uma luta, mas não uma guerra, e os pescadores, não são e jamais serão nossos inimigos. Os pescadores, em sua avassaladora maioria são pessoas de bem, que lutam bravamente para sustentar suas famílias de forma digna e correta, e merecem todo nosso respeito.

A eles, queremos dizer que não queremos a diminuição de suas áreas de pesca, mas a alocação de forma contínua de áreas de pesca, áreas de escape e áreas de surf. Novas opções de modalidades de pesca foram propostas como soluções alternativas e vem a se somar a pesca artesanal, soluções como pesca embarcada, colônias de peixes (nas lagoas) e outras ... São alternativas que vem a agregar o modelo existente.


O que nós combatemos, são as pessoas que colocam redes ilegais (pois não estão sinalizadas e muito menos identificadas) em áreas que não são de pesca. Estas pessoas, com certeza, não merecem ser chamadas de pescadores, porque de fato não o são, com o respeito que temos pela classe de pescadores jamais poderemos nominá-los como tal.


Foto: Thiago Aita


Estes, são criminosos, são assassinos e como tal devem ser tratados, porém também são covardes e jamais se conseguiu identificar um só destes canalhas que permanecem impunes. Eles jamais vão a uma Assembléia discutir formas de harmonizar as relações, se escondem no anonimato e dão risadas de todos nós, surfistas e pescadores honestos, que somos suas vítimas.

Sim, ambas as classes são vítimas destes homens sem escrúpulos, pois ao mesmo tempo em que envergonham e enlameiam a classe dos pescadores, matam com seus artefatos os surfistas que contra suas armadilhas nada podem fazer.

Esta é a nossa triste realidade.


Outro fato que me entristeceu enormemente, foi ontem ouvir uma referência que em determinado tipo de mar o surfista não deveria entrar e que ele deveria em primeiro lugar respeitar a sua própria vida. Confesso que fiquei chocado com esta afirmação que no seu âmago, nas suas entrelinhas diz que o próprio surfista é o culpado pela sua morte.










Refleti sobre esse fato e minha conclusão é que quem matou este surfista fomos todos nós !!!
Fomos nós, como sociedade, que demarcamos as áreas e assim, enviamos uma mensagem a todos: Podem surfar, pois esta área é segura.


Não, não é segura, é uma fatia de 700m que é um engodo, uma verdadeira armadilha.
Então somos todos nós cúmplices desta morte e de tantas outras.


E antes de qualquer insinuação em comentários descabidos, devemos todos nós, surfistas, pescadores, autoridades, sociedade, etc... pedir perdão as famílias, pelo nosso erro, pela nossa falta de visão, pela nossa omissão.



4. Respeito

Estas famílias merecem respeito, e ambas as partes, jamais podem esquecer isso e nem por um segundo ter qualquer deslize que macule a memória daqueles que se foram.

Então, gostaria de registrar o meu respeito e admiração pelos familiares das vítimas, que muito embora toda sua dor, que só quem perdeu um ente querido sabe dimensionar, embora toda esta dor profunda, eles ainda assim, permanecem firmes na luta.


Estes familiares poderiam estar em casa remoendo ou acomodados com sua dor, poderiam se inconformar com sua revolta, mas não, eles optaram por lutar, mesmo que muitas vezes tenham que se submeter a ouvir discursos vazios, a manobras diversionistas, a oportunistas, a “chás de banco”, a insinuações maldosas e a toda espécie de mofo que corroem nossas instituições, mesmo assim eles nos mostram que não devemos desistir jamais.

Estas famílias preferem que sua dor se transforme um algo útil a todos, que sua dor se transforme em luta, que sua dor se transforme em harmonia.
Tenham certeza que é este exemplo de força e de dignidade que vai realmente conduzir a todos a uma solução de harmonia e paz.

Seguimos em frente !!!




Foto: Thiago Aita

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Vídeo: Praia Segura, Surf Legal !!!

Veja o vídeo que foi apresentado na Audîência Pública sobre os Conflitos entre Esportes Náuticos e Redes de Pesca no Litoral Norte.

A Audiência ocorreu no Plenário João Neves da Fontoura no dia de hoje, 08/06/2009 com grande audiência.

Em breve a matéria completa sobre o evento que reuniu Surfistas, Pescadores, Entidades, Ministério Público, Brigada Militar, Governo, enfim todos os segmentos envolvidos.

Assista o vídeo: Praia Segura, Surf Legal !!!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Convite AP Esporte Nautico e Pesca Litoral Norte

Ofício Circ. nº 06 - Convite Audiência Pública - Esporte Nautico e Pesca Litoral Norte













Lembre-se: Surf Seguro Depende de Nós, Participe !!!!!